Eu Não Sou Cachorro, Não - Paulo Cesar de Araujo (Livro usado)
Ed Record 9788501063441 (P) 2013, Brochura, 462 páginas, Livro usado VG+/VG+
Música Popular, Política, História.
Musica Popular Cafona e Ditadura Militar.
Artistas considerados bregas como Odair José e Waldik Soriano sempre apareceram no topo da lista de mais vendidos. Veiculados nas rádios, freqentavam os programas de auditório, mas não receberam o devido respeito e espaço em livros e teses, pois freqentemente eram associados à ditadura militar. Em EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO, o historiador Paulo César de Araújo preenche essa lacuna na historiografia da música popular brasileira e mostra como as figuras mais demonizadas por aderirem à cultura oficial durante os anos de chumbo, na verdade, foram tão ou mais perseguidas pelo regime quanto os artistas de esquerda. A produção musical brega ou cafona faz parte da realidade cultural brasileira, tanto quanto o Tropicalismo e a Bossa Nova e merece ser analisada, argumenta o autor. EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO aborda três aspectos do papel de resistência desempenhado por esses artistas. Em primeiro lugar, Paulo César de Araújo analisa como muitas das letras trazem a denúncia ao autoritarismo e à segregação social. A música O divórcio, de Luiz Ayrão, por exemplo, que, a princípio, se chamava Treze anos pode ser lida tanto como um desabafo de um homem infeliz quanto como um basta ao regime militar. O autor compara a produção musical dentro do contexto histórico, dando especial atenção ao AI5. Paulo lembra, também, que a maioria desses cantores vivenciou o trabalho infantil Nelson Ned e Agnaldo Timóteo foram engraxates. Paulo Sérgio, alfaiate. O livro traz, ainda, diversas curiosidades.