A Guiné-Bissau é um país de língua portuguesa situado entre a Guiné e o Senegal, mas musicalmente mais próximo do Mali do que do seu vizinho imediato ou mesmo das ilhas de Cabo Verde que lhe estão culturalmente ligadas. Super Mama Djombo foi formado em um acampamento de escoteiros em meados dos anos 60 e continuou a evoluir à medida que os rapazes se tornavam adolescentes. Os membros foram votados dentro e fora, ou saíram à medida que ganhavam habilidade musical, para formar outras bandas.
Após a declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau em 1973, o grupo tornou-se o favorito nacional (muitas pessoas rezavam para o espírito de Mama Djombo por proteção, metade da população é muçulmana, a outra metade animista). Em 1974, Adriano Atchutchi, um ativista politicamente consciente, assumiu a liderança. Sua música, como muitos sons emergentes da época na África Ocidental, era música folclórica eletrificada. Eles faziam turnês regularmente para abrir as palestras do presidente Luis Cabral e seus shows eram transmitidos ao vivo.
Este é o seu segundo álbum, Festival (relançado em LP pela Kindred Spirits 2013), comemorou sua triunfante turnê cubana e apresentou mais seis canções, incluindo a sonhadora "Júlia". Esta música é um daqueles Calices Sagrados da música africana. Mesmo que as letras às vezes sejam apenas listas de nomes de heróisrevolu-cionários, há uma guitarra feliz flutuando na estratosfera, tocada por Tundu, que conquistou seu próprio nicho ao lado de "Diamond Fingers" da Guiné .
As letras são em crioulo, que mistura línguas africanas com o português, muitas vezes cantada por uma jovem Dulce Neves em sua voz de alto tenor. Echoplex dá um som de grande sala à voz e sax de Miguelinho. As canções são rápidas e memoráveis ou descontraídas e melancólicas; às vezes, ambos como as letras assombrosas deslizam suavemente sobre uma faixa de percussão enérgica.
TRACKS
Lado A
A1 Festival
A2 Alma Beafrada
A3 Tamanco
Lado B
B1 Mortos Negra
B2 Julia
B3 Sociedade de Malandros
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