O que faz de Catullo um artista tão especial no vasto espectro da poesia e da música em nosso país é, sem dúvida, a profunda identidade que ele teve com as frações populares de diversas procedências e variantes estéticas.
O violão foi o prolongamento da sua estrutura física. Era como se, apertado contra o peito, expusesse sem pudor todo o sentimento que dele advinha transformado em acordes ou notas soltas, por seus dedos ágeis e adestrados. A poesia, companheira desde a adolescência, foi sua primeira expressão artística. A lua e o luar, imagens recorrentes em toda a sua obra.
Homem da noite e da madrugada, Catullo iniciou-se muito cedo nos mistérios, nas sensações, nas excitações que ambos provocam. No cenário de um Rio de Janeiro que se definia pelos vários contornos musicais, começava a ser moldada a voz musical da cidade, soma da pluralidade, e lá estavam Catullo com Anacleto de Medeiros, Quincas Laranjeira, Viriato Figueira da Silva, Cadete, Alberto Nepomuceno, Ernesto Nazareth, forjando uma etapa importante em nossa vida artística.
