Insight Engenharia de Comunicação edita uma coleção de textos nunca vistos do ex-ministro e produz um estojo luxuoso com relíquias.
Durante dezesseis anos ficaram adormecidos em uma pasta de cartolina rosa os textos do professor Mario Henrique Simonsen, que por solicitação da Insight Engenharia de Comunicação escreveu diversos artigos sobre algumas das óperas de sua maior admiração. Descoberta por Dona Iluska Simonsen, esposa do ex-ministro, a pasta foi entregue à Insight, que pôde recomeçar uma iniciativa perdida no vão da História.
O economista Mario Henrique Simonsen (1935-1997) acumulou em sua galeria de contribuições públicas a crítica à musica erudita, a colaboração com orquestras sinfônicas e o estímulo ao conhecimento mais amplo da ópera. Era o personagem certo, com o carisma adequado e capacidade intelectual amplamente reconhecida, além, é claro, de ser um profundo conhecedor do assunto. Simonsen era o protagonista da nossa ópera.
O pedido feito a Simonsen, em 1995, foi para que escrevesse textos de iniciação às dez mais emblemáticas óperas de todos os tempos, conforme sua apreciação. O professor deixou três escritos, e como legado uma cristalina apresentação do bel canto, que poderia muito bem ser elevada a categoria de arte. Patrocinado pela VALE S.A., o projeto “Ópera por Simonsen” ganhou a forma de um estojo, no qual foram acomodados quatro livros – uma apresentação e textos sobre as obras Don Giovanni (Mozart), Tristão e Isolda (Wagner) e Otello (Verdi) –, acompanhados por CDs das respectivas óperas. São peças didáticas, que não apenas favorecem a compreensão, mas enriquecem a sensibilidade dos atuais e futuros ouvintes desse gênero musical. O projeto “Ópera por Simonsen” foi editado em formato bilíngue e tem tiragem de dois mil exemplares. Os textos do economista, morto em fevereiro de 1997, foram cedidos por Dona Iluska Simonsen.
“A boa música – escreveu Simonsen – tem seus segredos, que nunca se revelam por completo numa primeira audição. É preciso ouvi-la várias vezes para que esses segredos sejam desvendados. Ópera não é música abstrata, mas fusão da palavra com a música.” E mais adiante Simonsen revela o entusiasmo juvenil pelo canto lírico: “O perigo é se apaixonar pela ópera e querer ouvi-la todo dia, ou quase. A paixão pela música cria uma forma de dependência psicológica. Só que essa dependência leva à felicidade, e não à autodestruição.”
A Vale, patrocinadora exclusiva do projeto, teve o direito de distribuição de toda a tiragem da obra. Os direitos autorais sobre “Ópera por Simonsen” foram cedidos à Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).
