Charlie Hebdo edição Nº. 1178 (Publicação usada)
Revista, França (P) 2015 , Edição histórica, Usada VG+/VG+
Comix, Charges,Política, Cultura, Comportamento.
Charlie Hebdo foi uma revista semanal satírica francesa - tipo o nosso Pasquim - apresentando quadrinhos, reportagens, polêmicas e piadas. A publicação foi descrita como anti-racista, cética, libertária e dentro da tradição do radicalismo de esquerda,publicando artigos sobre a extrema direita (especialmente o partido nacionalista francês Frente Nacional), religião (catolicismo, islamismo e judaísmo), política e cultura.
O Charlie Hebdo apareceu pela primeira vez em 1970, depois que a revista mensal Hara-Kiri foi banida por zombar da morte do ex-presidente francês Charles de Gaulle. Em 1981, a publicação cessou, mas foi ressuscitada em 1992.
O Charlie Hebdo foi alvo de três ataques terroristas: em 2011, 2015 e 2020. Presume-se que todos eles foram em resposta a uma série de cartoons que publicou retratando Maomé de forma controversa.
Os escritórios do Charlie Hebdo sofreram o segundo ataque terrorista em 7 de janeiro de 2015, no qual doze pessoas morreram, incluindo o diretor editorial Charb, o editor e vários colaboradores principais. Do restante o pessoal inicialmente não pensou que conseguiria publicar a próxima edição dentro do prazo, mas outras organizações de comunicação social encorajaram-nos a fazê-lo e ofereceram-lhe ajuda prática e economica. No dia 9 de janeiro de 2015, o pessoal e colaboradores ocasionais reuniram-se numa sala da redação do jornal Libération e receberam computadores emprestados do Le Monde. Eram cerca de 25 pessoas. O conteúdo da edição incluía muitos desenhos novos, além de desenhos anteriores de quatro dos artistas assassinados e escritos dos dois jornalistas.
A edição nº 1.178 do Charlie Hebdo foi publicada em 14 de janeiro de 2015. Foi a primeira edição após o tiroteio no Charlie Hebdo. A tiragem da edição de 7,95 milhões de exemplares tornou-se um recorde para a imprensa francesa. A publicação provocou protestos de manifestantes muçulmanos no Iémen, Paquistão, Mauritânia, Argélia, Mali, Senegal, Níger, Chechénia e outros países. No Níger, protestos violentos causaram 10 mortes.